“Em 2005, em Atenas, me perdi do grupo depois de visitar a Acrópole. Peguei um táxi para retornar ao hotel, com um motorista alto, forte e mal-encarado. De dentro do carro, a alguns metros dali, avistei o meu grupo e o ônibus estacionado. Gentilmente, expliquei o ocorrido ao motorista e pedi para me deixar lá mesmo, perguntei quanto devia pela corrida, mas ele se fez de desentendido e continuou dirigindo, falando ao celular. Fiquei apavorada. Mas, vendo que o trajeto que ele fazia já era familiar, me tranquilizei. Atenas tem um trânsito infernal e caótico na hora do "rush". De repente, ele parou numa avenida movimentada e disse que não era possível mais dirigir até o hotel por causa do horário, que levaria mais de uma hora, a corrida iria ficar muito cara... Mas, disse ainda, não deveria me preocupar porque ele estava me deixando próximo ao metrô - era só seguir em frente para chegar ao Hotel Golden City. Então ele me cobrou 70 euros pela corrida (equivalente a R$ 210,00 na época). Achei um absurdo! No entanto, para me livrar logo da situação, paguei o valor. Aí ele veio com a conversa de que com a conversão para o dracma (moeda grega) subiria para 180 euros. Não aceitei e discuti com ele. Mostrei a carteira vazia, ele devolveu 10 euros e me expulsou do veículo. Apesar de ter sido extorquida, senti alivio, até descobrir que estava bem longe do que imaginava. Sozinha e perdida. Por sorte, tinha o cartão da minha agente de viagem aqui do Brasil. Liguei a cobrar contando o ocorrido. Enquanto ela tentava contato com a guia do meu grupo, consegui ajuda numa agência de turismo local. Graças ao mapa feito pela atendente, encontrei o hotel depois de caminhar uns quatro quilômetros.Depois descobri que este golpe é comum em Atenas: os taxistas deixam os passageiros longe do hotel para não serem reconhecidos pelos funcionários, e que a minha corrida, mesmo no horário de "rush", não custaria mais do que sete euros".

A própria usuária dá a dica:

"Hoje, tanto em viagens nacionais ou internacionais, tenho sempre comigo o cartão dos hotéis onde me hospedo, com endereço e telefone. Levo também o cartão da minha agente de viagens, caso esteja com grupo de excursão no exterior. Como não falo fluentemente inglês e espanhol, agora só viajo com grupos formados de brasileiros, acompanhados de guias também brasileiros. Espero que este meu relato ajude os "marinheiros de primeira viagem" na Grécia, que é um país lindo, mas que também tem gente desonesta como em qualquer outro lugar".


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