Por volta de 1.200 ilhas pontilham a costa adriática da Croácia, formando uma longa fileira que faz lembrar migalhas de pão sobre uma mesa.

O labirinto lindo e remoto, formado por ilhotas de apenas 2 acres até saliências de rochas e arbustos de 35 milhas de comprimento, se estende por centenas de milhas, desde a cidade de Rijeka, no litoral norte do país, até à cidade murada de Dubrovnik.

No século dezenove, os povos dominantes do Mar Adriático, húngaro-austriacos conduzidos por seu monarca Franz Joseph, prometeram tornar os mares em volta destas ilhas mais seguros com a construção de 48 faróis. Pedras da região e projetos arquitetônicos similares foram usados na construção de cada um deles, que ostentam uma luz giratória refrativa projetada e fabricada na França.

Apesar de resistirem ao tempo e permanecerem sólidos em suas fundações, a automação tornou a função de seus faroleiros obsoleta desde o início da década de 90 passada.

Mas, nos últimos anos, esses faroleiros encontraram outra razão para habitar 11 destes faróis históricos: passaram a cuidar das pousadas ali instaladas.

Apartamentos simples, mas confortáveis, que já serviram de moradia para as famílias dos faroleiros, podem ser alugados por turistas por períodos de uma ou duas semanas. Os hospedes podem desfrutar de roupas de cama novas e limpas, cortinas, cômodas e cozinhas bem equipadas - onde podem fazer suas refeições e recriar o ambiente da vida isolada dos faroleiros.

E foi exatamente isso que resolvi fazer em junho do ano passado: visitei vários destes faróis, dentre eles os que estão situados nas ilhas de Palagruza, Susac e Lastovo.


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