A Ilha de Páscoa, o “umbigo do mundo” – assim definida pelos nativos -, é um dos destinos mais esotéricos do planeta. A aura mística associada a ela é resultado de uma série de características de sua própria geografia e dos costumes locais.

Em cada ponta da ilha triangular, um vulcão. No interior, quem recorrer à bússola ficará confuso: campos magnéticos impedem a indicação exata. Figuras talhadas de até dez metros de altura compostas apenas por cabeça e tronco, aparentemente “olhando” para todas as direções, poderiam ter sido construídas para equilibrar as descargas elétricas da região, funcionando como para-raios.

Os mais esotéricos, no entanto, acreditam que a ilha seja um dos mais importantes chacras do planeta. Como se os centros magnéticos daquele pedacinho de terra emanassem uma energia especial conhecida por povos antigos, hoje "captada pela sensibilidade” de pessoas. Para eles, a Ilha de Páscoa é um centro de harmonia holística, capaz de equilibrar corpo, mente e espírito.

A Ilha de Páscoa, pertencente à região de Valparaíso, no Chile, desde 1888 compõe o Parque Nacional de Rapa Nui, criado em 1935. É também considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO desde 1995 e concorreu ao posto de nova maravilha do mundo moderno, organizado pela organização New 7 Wonders em 2007.

Rapa Nui

Todas as pistas indicam que o povo polinésio que construiu as enormes esculturas foi único – com cultura e idioma próprios. Apenas em 1722, em um domingo de Páscoa (daí o nome), o navegador Jacob Roggeveen chegou à ilha. Era o primeiro europeu ali.

A partir de algumas anotações de Roggeveen, estudo de ossadas e da escrita, algumas correntes acreditam que a sociedade tenha se formado a partir de povos oriundos do Peru e de outros lugares da Polinésia no século 4. Há similaridades em alguns aspectos com povos das Ilhas Marquesas e Ilha Pitcairn também. Finalmente, alguns exames de DNA revelaram a presença de genes bascos (provavelmente resultado de um navio espanhol perdido pela região em 1600).

Para alguns teófosos (a Teosofia é um corpo doutrinário que sintetiza Filosofia, Religião e Ciência), a Ilha de Páscoa seria o resto do “continente perdido” e os moais seriam representações dos gigantes dos Atlantes.

Curiosidades

- O centrinho da ilha é Hanga Roa, onde está a maioria dos hotéis. Lá, você encontra correio, centro de apoio ao turista, lojinhas de artesanato, mercado, museu, igreja, hospital, bancos e outros serviços. É onde está localizado o aeroporto. Geralmente, o visitante é recebido na ilha com colares de flores e drinks de frutas antes de chegar ao hotel.

- O mais diferente moai na Ilha de Páscoa é a estátua “ajoelhada”, achada por arqueólogos em 1955 na parte de Rano Raraku. Muito mais realista que as demais, também está isolada das demais esculturas.

- Em Ahu Vinapu, nenhum moai: há, no entanto, um trabalho em pedra que não se encontra em mais nenhum lugar da Polinésia. Pela disposição da pedra, com o intuito de formar abrigo, alguns especialistas acreditam que o local tenha tido influências da América do Sul – que utilizavam a mesma técnica.

- Ahu Akivi guarda uma das últimas “séries” de moais, construídos em 1460.

- Ahu Naunau é o sítio mais antigo da Ilha de Páscoa e, curiosamente, com as esculturas mais trabalhadas. Estes moais apresentam a parte superior do corpo e também possuem chapéus vermelho. Estudos comprovaram que as estátuas seriam ornamentadas com olhos.

Natureza

Em Rano Kau, não é possível ver nenhum moai ou ruína. A grande pérola é natural, formada pela cratera gigante e sua superfície cintilante de água azul e pântanos verdes. E, na borda do buraco, um penhasco de quase 300 metros até o fundo do mar. Era aqui que os nativos realizavam testes de valentia, descendo o desfiladeiro e nadando pelo mar de tubarões para alcançar os primeiros ovos de uma ave – conhecido como culto ao homem-pássaro.



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