Ao ver concluída a Catedral de São Basílio, no século 16, o czar Ivã, o Terrível, ordenou que cegassem o arquiteto responsável. Dessa forma , nunca mais se veria algo comparável. Só existe uma Catedral de São Basílio, um milagre arquitetônico de múltiplas e coloridas cúpulas, em Moscou. Nada, muito menos uma fotografia, pode dar a sensação de quem se defronta pela primeira vez com a construção, que surge na Praça Vermelha, como se fosse tirada de um conto de fadas.Em nenhuma outra cidade da Rússia você verá tão evidentemente os contrastes do pós-comunismo. Igrejas que foram destruídas e abandonadas durante a época da União Soviética agora estão sendo reconstruídas e restauradas, a construção de novos hotéis contrasta com prédios antigos. Há um movimento intenso nas ruas, muita vivacidade que reflete a comoção e o excitamento, a dor e o trauma da atual revolução, fazendo de Moscow o lugar ideal para sentir a nova Rússia.
Os moradores da rival São Petersburgo dizem que Moscou é uma grande vila. Tem uma toque provinciano acaba sendo um dos charmes da cidade, que não é uma grande vila, mas centenas de vilas que se uniram. Do coração de Moscou, onde ficam o Kremlin e suas igrejas, mais a Praça Vermelha, a Catedral de São Basílio, o Mercado Gum e o Teatro Bolshoi, o turista pode jogar uma moeda para cima e, na cara ou coroa, decidir o rumo a tomar. Qualquer que seja a decisão, a cidade o presenteará com dezenas de surpresas.Uma das atrações mais imponentes, bonitas e impressionantes da cidade é sem dúvida nenhuma a "Praça Vermelha". Aqui você se voltará na história, imaginando como foram os desfiles de armamentos comandados pelo Brejniev e sua tropa. Ainda verá Lênin deitado em seu berço esplêndido há mais de 70 anos, passeio que sem dúvida deve ser feito e não tomará nem 15 minutos do seu tempo.Ainda nesta praça você ficará encantado de ver a Catedral de São Basílio, com quase 500 anos e cúpulas trabalhadas em ouro. Como tudo praticamente acontece na Praça vermelha, o centro comercial também está aqui, é o Shopping Gum, instalado num prédio do século XIX, abriga lojas modernas (reflexo da abertura da economia) e pequenos "camelôs" vendendo souvenirs e as charmosas madriuskas - bonequinhas de madeira de vários tamanhos, uma dentro da outra.Capital da Rússia desde 1918 e capital do comunismo até a derrocada do Império Soviético em 1991, Moscou mantém seu jeito de cidade extraída de um conto de fadas, com as cúpulas de suas igrejas em formato de bulbo. Nenhuma outra polis traduziu o sonho da construção de uma sociedade igualitária, com edifícios e hotéis gigantescos, onde todos tivessem acesso, por exemplo, à cultura — teatros (mais de 30) e bibliotecas (mais de 900).Hoje, a maior metrópole russa se rendeu à sociedade de consumo e já não tem apenas bonecas matryoshkas (de madeira, que se encaixam uma dentro da outra) para oferecer. Visitar o Kremlin é um passeio bastante interessante. Desde o século 11, ocupa uma área triangular no centro da capital, às margens do Rio Moscou. Sua entrada principal fica próxima da Torre Kutafya. Dentro de seus muros, é difícil não se surpreender com a quantidade de igrejas, todas elas motivo de visita: Catedral de São Miguel Arcanjo (século 16), na qual eram sepultados os integrantes da família real; Catedral da Assunção (séculos 15 e 16); e Catedral da Anunciação (século 15), que serviu de capela para duques e czares.Outros pontos de interesse histórico são o Grande Palácio, ao lado da Catedral da Anunciação, residência do czares construída entre 1838 e 1849; a Torre do Sino de Ivan, o Grande, de 81 metros de altura; e o Armoury, o mais antigo museu da capital, com acervo que atesta a riqueza acumulada pelos czares durante séculos.
A Praça Vermelha (Krasnaya Ploshchad), a principal praça de Moscou que já foi chamada de "Praça do Mercado", no século 14, e de "Praça do Fogo", pois foi ali que começou o grande incêndio que destruiu a cidade em 1403. O nome atual ganhou força a partir do século 17, quando a cor vermelha começou a colorir telhados próximos às torres do Kremlin. Em russo, krasnaya pode significar tanto vermelho quanto belo. Este último, com certeza, o adjetivo mais adequado para qualificar essa praça, única no mundo. Destaques: Catedral de São Basílio, Mausoléu de Lênin, Mercado Gum e Museu Histórico.
A Catedral de São Basílio que é um dos símbolos de Moscou — e da própria Rússia. Foi construída nos anos 1500 para celebrar a vitória de Ivan, o Terrível sobre os tártaros. Possui nove torres, cada uma ornamentada por uma cúpula, obras-primas criadas pelo arquiteto russo Postnik Barma.
Catedral de Cristo, o Salvador: Gigantesca edificação religiosa construída por ordem de Alexandre I, em 1812, em honra do exército russo, que deteve as tropas de Napoleão. Destruída ao longo do regime comunista, tem sido objeto de um fantástico projeto de restauração. Algumas das cinco torres, de cúpulas douradas, chegam a ter a altura de um prédio de 30 andares.
O Mausoléu de Lênin, cuja estrutura de granito, construída segundo o estilo de um templo pré-colombiano (1930). É aqui que o corpo embalsamado do líder russo fica exposto ao público. Atrás do mausoléu estão enterradas outras figuras importantes da história do país, como Stálin, Leonid Bréjnev e Yuri Gagarin.
O Mercado Gum que foi construído no final dos anos 1800, ele já foi a principal loja a serviço do regime comunista. Era aqui que a população moscovita fazia fila na expectativa de voltar com algum alimento para casa. Hoje é um centro de consumo animado, com lojas de grifes famosas e barracas de artesanato. Mesmo se você não estiver interessado em consumir, o Gum vale uma visita pelo notável estilo arquitetônico.
Museus: em Moscow há diversos:
a)Museu Histórico: Construído em 1878, o edifício engloba estilos arquitetônicos de vários períodos. Tem acervo especializado na história do povo russo.
Novaya Ploshchad, 12 Tel.: (7 095) 924-8490
b)Museu de Belas Artes Pushkin: Inaugurado em 1912, é o museu de maior fama no país. O seu acervo engloba obras-primas do mundo antigo ao século 20. Volkhonka ul.,12 Tel:(095) 203-9578
c)Museu Dostoiesvky: Casa na qual o famoso escritor cresceu. Em exposição, objetos pessoais e móveis da época. Dostoyevskovo ul., 2 Tel.: (7 095) 281-1085
d) Museu Tolstoy: Residência do escritor russo, com mobília e artigos de vestuário. Lva Tolstovo ul., 21 Tel.: (7 095) 246-9444
Moscou é hoje a cidade adequada para experimentar receitas típicas (e saborosas) das repúblicas da ex-União Soviética. É o caso do frango à moda de Kiev, preparado com vários condimentos (em especial, o alho) ou raviólis (pelmeni) ao estilo da Sibéria. Em geral, o moscovita alimenta-se de sopa, carne (de boi ou porco), peixe e sobremesas bem adocicadas. Para beber, há sempre vodca, mas o vinho também é muito apreciado (se quiser provar, peça aqueles produzidos na Geórgia ou na Criméia, de qualidade).Foi-se o tempo em que a vida noturna de Moscou se resumia à programação do Teatro Bolshoi. É verdade que continua a ser uma ótima opção, mas também há grande oferta de bares e discotecas, onde a música rola sem parar até quase o raiar do dia.Você pode encontrar o que quiser em Moscou (de roupas de grifes famosas aos últimos modelos da Nike), mas vale a pena aproveitar a estada para comprar produtos do artesanato russo. Exemplo: as bonecas matryoshkas (de madeira, uma encaixada dentro da outra) e os chapéus de pele (que podem, naturalmente, ir de encontro ao seu ideário em favor do meio ambiente).
Mercado de Pulgas (Vernisazh): O melhor lugar para fazer compras na cidade. Funciona no Parque Ismaylovsky, aos sábados e domingos. Além de bonecas e roupas típicas, há grande oferta de peças de antiquário e tapetes do Cáucaso, vendidos a preços acessíveis.
Quando ir ?
Entre junho e agosto, o verão faz com que Moscou seja diariamente animada pelo calor, ainda que a temperatura média não deixe o turista brasileiro muitíssimo satisfeito: em geral, é de (apenas!) 17 °C.
O inverno, rigorosíssimo, com temperaturas negativas de dois dígitos, começa em novembro e só termina em abril. Setembro e outubro, meses de outono, são considerados os mais belos, mas é bom lembrar que há frio suficiente capaz de afastar os viajantes acostumados às temperaturas tropicais.
Não se esqueça que o turista necessita de visto para visitar Moscow,que pode ser providenciado nos consulados.
Em nenhuma outra cidade da Rússia você verá tão evidentemente os contrastes do pós-comunismo. Igrejas que foram destruídas e abandonadas durante a época da União Soviética agora estão sendo reconstruídas e restauradas, a construção de novos hotéis contrasta com prédios antigos. Há um movimento intenso nas ruas, muita vivacidade que reflete a comoção e o excitamento, a dor e o trauma da atual revolução, fazendo de Moscow o lugar ideal para sentir a nova Rússia.
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