

Os celtas,no primeiro milênio antes de Cristo, já faziam esse produto circular do mar Báltico ao Mediterrâneo. Só para se ter uma idéia do que significa essa cidade com menos de mil habitantes,Hallstatt dá nome á cultura centro-européia dominante entre 700-450 a.C na Era do Bronze.

Hoje, a mina de sal explorada há 3 mil anos pelos celtas ainda pode ser visitada. Enveredar-se pelo labirinto de túneis até um lago salgado subterrâneo é como fazer uma viagem à pré-história. Nessa mina foi descoberto, em 1734, o corpo totalmente preservado do chamado "Homem no Sal", tido como um mineiro que se acidentou durante o serviço em tempos muito remotos. Uma réplica de seu cadáver pode ser vista no museu da mina. Mas Hallstatt não guarda apenas esse ponto intrigante. Atrás de uma igreja, o porão do ossário - o Beinhaus - exibe uma coleção de nada menos do que 1,2 mil crânios humanos. O visual macabro é quebrado pelos belos ornamentos dos ossos, que trazem inclusive o nome das pessoas a quem pertenceram. Eles começaram a ser exumados por volta de 1600, já que o cemitério local não podia ser expandido por falta de espaço e a cremação era proibida pela religião.São esses alguns dos temperos que dão gosto à cidade, que não deixa de ser romântica por isso. Entre o lago Hallstätter See e as montanhas de Dachstein, se espremem as charmosas casas de pedra e madeira de Hallstatt, que ganham flores coloridas na primavera ou uma grossa camada de neve no inverno. Tudo isso se une para inspirar deliciosos passeios a dois, mais esperados nos Alpes austríacos do que vestígios pré-históricos.
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